Quixadá, a capital cearense dos esportes radicais.

09/05/2014 14:22

Próximo do Santuário de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão, uma média de 50 atletas saltam da rampa para um voo que, muitas vezes, dura mais de sete horas e frequentemente termina em outro Estado. Por causa das correntes térmicas ascendentes que chegam a altitudes de até 3.500 metros, é possível planar nesse cenário peculiar por muito tempo.

Antes de se aventurar — ou mesmo para quem não é esportista —, a parada no santuário é obrigatória, pois a vista é de tirar o fôlego. Distante 12 quilômetros do centro da cidade, o santuário recebe fiéis de vários lugares do Brasil. A infraestrutura é ótima. Tem até casa de repouso, além de restaurantes e lanchonetes. Durante a subida – já que o local fica 500 metros acima do mar –, é possível se deparar com várias estátuas religiosas de cerca de 1,80 metro de altura retratando as sete estações da Paixão de Cristo.

 

Ciclistas, motociclistas e aficionados pelo off-road também arriscam-se no meio da vegetação semiárida do sertão quixadaense. Com solo irregular e acessos precários entre uma cidade e outra, as trilhas têm níveis de dificuldade diferente, mas são sempre garantia de emoção.

 

Nas formações rochosas ainda é possível fazer rapel. Algumas, como a da Galinha Choca, têm mais de 90 metros de altura. Mas só é possível ir até lá fazendo trekking. Separe um par de tênis confortável, passe muito protetor solar e não esqueça o chapéu com abas nem a camiseta, porque o sol do sertão queima mesmo. Se tomar essas precauções, a diversão é garantida: a visão dos monólitos é impressionante.

 

Do alto das pedras ainda é possível avistar a Serra do Estevão, coberta com densa vegetação em um horizonte cortado de planícies. Na chuva, formam-se cachoeiras deliciosas para banho: um verdadeiro oásis em pleno sertão.

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